A IMPORTÂNCIA DA DOR EM ODONTOLOGIA


Na odontologia, situações onde o problema dor está envolvido ocorrem com muita freqüência, abrangendo situações desde dores agudas devido traumas, tanto por doenças como por procedimentos cirúrgicos, distúrbios faciais ou neuropáticos.
A dor tem uma finalidade protetora, sendo uma advertência para possíveis problemas instalados, nos estimulando a buscar diagnósticos.

Sempre observarmos as reações dos pacientes pois podem estar associadas a eventos de dor.
A definição mais completa para a dor, é a proposta pela Associação Internacional para o estudo da dor: “uma experiência desagradável a qual nós primariamente associamos como dano tecidual ou descrevemos como dano tecidual ou ambos”.


A dor é subjetiva e mais complexa que um elemento sensorial, e a experiência da dor envolve associações entre elementos da experiência sensorial e o estado aversivo provocado.
Esse fenômeno envolve a radiação ou transmissão de dor para uma área adjacente ou distante que recebe o mesmo nervo ou parte dele. 
Ela pode ocorrer em uma região que não seu ponto de origem, e dor intensa pode surgir sem uma lesão que a justifique. 

O exato mecanismo para a dor referida facial ainda não está bem identificado, em razão de sua neurofisiologia necessitar de certas elucidações. 
Esse tipo de dor é resultado de dor profunda, porém, sabe-se que quanto mais intenso e mais prolongado tal impulso, mais provável será sua ocorrência. 
A origem verdadeira da dor é sua fonte. 

Os princípios de tratamento demandam a identificação da origem da dor, de tal modo que um tratamento adequado possa ser instituído. 
O clínico deve, portanto, ser capaz de diferenciar a dor primária da dor referida. Isto infelizmente não é muito comum, pois várias vezes nos deparamos com pacientes relatando a história de que depois de seguidos tratamentos endodônticos, a exodontia foi inevitável com a não redução, nem somente temporária, da dor. 

O sucesso no tratamento depende da correta determinação do diagnóstico e este, só é completo quando for executado de forma racional e inteligente, direcionado à resolução do problema do paciente e não exclusivamente e essencialmente do dente.
Seu mecanismo de agressão, diagnóstico e forma de uso de medicações nós conversaremos em próximo post.


Christian Wehba
Mestre e especialista em periodontia, membro do corpo clinico do centro de diabetes da UNIFESP.

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